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Popularmente conhecido como comichão ou coceira, o prurido é geralmente um incômodo rápido que, aparentemente, não oferece risco à saúde dos cães. No entanto, quando esse hábito se torna exagerado, acompanhado de alterações físicas e comportamentais, pode ser um sinal para o tutor investigar o causador dessa sensação desagradável.
Embora seja um processo natural dos cães, que serve como autoproteção para afastar insetos, acúmulo de pele e pelos, além de sujidades, o médico veterinário e professor do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, André França, afirma que o incômodo ao se coçar pode indicar o princípio de doenças.
“É muito comum o animal se coçar, lamber, mordiscar ou se esfregar. Pode ser que o cão esteja apenas se limpando, ou com um leve incômodo na pele, assim como ocorre no ser humano. Se o tutor notar que esse hábito está acontecendo com mais frequência que o habitual, é preciso ligar o alerta. A saúde e o bem-estar do pet estão diretamente relacionados à condição do pelo e da pele que, em condições normais, apresentam-se brilhantes e macios.. Porém, se apresentar queda excessiva, pele seca ou oleosa, lesões cutâneas ou presenças de crostas, o médico veterinário deve ser consultado o quanto antes”, alerta.
A seguir, conheça os tipos de coceiras mais comuns nos peludos:
Coceira por ectoparasitas
Uma das causas mais comuns de coceira entre os cães são os ectoparasitas, como pulgas, carrapatos, sarnas e piolhos. Apesar de acontecer com frequência e ser de fácil prevenção, o tutor deve estar atento para qualquer intercorrência, pois esses parasitas costumam picar e se alimentar do sangue do pet, e podem transmitir doenças como virose, além de vermes capazes de causar reações alérgicas.
Coceira por ácaros
Diariamente dividimos o lar com seres que não podemos visualizar ao olho nu, como os ácaros. Para mantê-los longe de casa, são necessárias ações como higienizar os itens e acessórios dos pets. A sarna, por exemplo, é uma doença contagiosa de difícil cura, causada por um tipo de ácaro que ataca a pele, gerando lesões e coceira. Os principais sinais dessa afecção são a alopecia (perda de pelos), vermelhidão, inflamação da pele, feridas e mau cheiro.
Coceira alérgica
A coceira alérgica pode ter diversas origens e é um dos principais motivos de visitas ao veterinário. As reações mais comuns entre os pets são as alergias alimentares, de contato e atópicas. Geralmente, acontecem pela troca de ração ou contato com produtos químicos, como shampoo e condicionador, com plantas e insetos.
Coceira por ansiedade e estresse
Não muito distantes dos humanos, os cachorros também sofrem de ansiedade e estresse. O pico de emoção sofrido pelo pet costuma gerar distúrbios mentais e a coceira é um indicador acompanhado do latido, respiração ofegante e agitação. Para evitar esse sentimento no bichinho, não o deixe sozinho por muito tempo, busque atividades que possam distrair e gastar energias, como passeios e brinquedos interativos.
Tratamento e prevenção
O profissional veterinário está preparado para cuidar e aliviar os sintomas e irritações causados por lesões e feridas no animalzinho. E somente ele é capaz de identificar a origem das coceiras, por meio de testes específicos para o diagnóstico de cada tipo de problema.
O pet que sofre com doenças de pele, por exemplo, terá um tratamento direcionado, de longo prazo e com supervisão do profissional de confiança. Porém, para qualquer tipo de reação alérgica, o tutor deve ir imediatamente à clínica veterinária, pois alguns casos podem levar à morte.
“Uma forma de não submeter o pet a tais situações é adotar hábitos que poderão colaborar para sua saúde e bem-estar, incluindo banhos semanais ou quinzenais, o uso regular de medicamentos antiparasitas, além de higienização e dedetização do local onde o animalzinho costuma ficar”, finaliza.