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O preço do café, uma das bebidas mais consumidas no Brasil, teve um aumento de 46% nas gôndolas do varejo em 2024. Esse crescimento impacta diretamente o bolso do consumidor e tem sido considerado um dos vilões da inflação de alimentos no País.
O aumento começou no final de 2023, quando países produtores como Vietnã e Indonésia reduziram sua produção. Em 2024, a safra do Brasil também foi menor, devido à seca e altas temperaturas, o que fez os preços dispararem. No varejo, a alta nos últimos três meses já ultrapassa os 50%, de acordo com o Sindicato dos Corretores de Café. Especialistas indicam que, pelo menos a curto prazo, a tendência é de continuidade dessa alta.
Segundo o professor e coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Ahmed El Khatib, em momentos de alta de preços, as substituições de produtos podem ser uma alternativa interessante para os consumidores.
“Em períodos de inflação, a substituição de produtos é uma das estratégias mais eficazes para equilibrar o orçamento. Quando o preço de um item sobe, o consumidor pode buscar alternativas mais acessíveis, como trocar carne bovina por frango ou carne suína, ou escolher frutas e legumes da estação, que costumam ser mais baratos”, explica El Khatib.
O aumento de preços de um alimento pode impactar outros produtos. Quando o preço de um item sobe significativamente, os consumidores migram para substitutos, o que pode gerar uma “inflação cruzada”. Por exemplo, com o aumento do preço da carne bovina, a demanda por frango e carne suína tende a aumentar, o que pode levar a uma elevação nos preços desses produtos também.
ALTERNATIVAS AO CAFÉ
No caso do café moído, cujo preço aumentou 40% em 2024, algumas alternativas têm sido sugeridas para economizar. Entre os substitutos mais acessíveis estão:
ESTRATÉGIAS PARA REDUZIR O IMPACTO DA INFLAÇÃOQuando os substitutos não são uma opção viável, outras estratégias podem ser adotadas:
O professor da FECAP destaca que, mesmo em tempos de alta de preços, é possível mitigar os impactos da inflação, adotando hábitos mais estratégicos no consumo de alimentos e bebidas. “A flexibilidade nas escolhas alimentares e o planejamento cuidadoso são essenciais para manter o equilíbrio financeiro das famílias”, finaliza o professor.
O especialista: Ahmed Sameer El Khatib é Doutor em Finanças e Doutor em Educação, Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais, graduado em Ciências Contábeis, Pós-doutor em Contabilidade e Pós-doutor em Administração. É graduando e doutorando em Psicologia Clínica. É professor e coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) e professor adjunto de finanças da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
~FECAP