Kombi Queijo passa por Abadia dos Dourados em campanha para reconhecer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Imaterial da Humanidade

Hoje, Abadia dos Dourados recebeu a Kombi Queijo, que está percorrendo várias cidades mineiras para mobilizar o apoio em torno da candidatura do Queijo Minas Artesanal ao título de Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco. Nos próximos dias, a Kombi passará por municípios nas dez regiões produtoras do queijo, levando conhecimento, sabor e a tradição desse produto que é um símbolo de Minas Gerais.

O reconhecimento do Queijo Minas Artesanal pela Unesco seria um marco para a cultura brasileira, especialmente para os pequenos produtores. Além de valorizar o modo de fazer artesanal do queijo, uma prática passada de geração em geração, o título impulsionaria o turismo, criaria oportunidades econômicas e fortaleceria a economia rural. Essa chancela internacional também é vista como uma forma de proteger a produção artesanal e estimular práticas sustentáveis, valorizando a identidade cultural e ambiental das comunidades mineiras.

Caso receba o título, o Queijo Minas Artesanal se unirá a outros ícones culturais brasileiros, como o Samba de Roda, o Frevo e a Roda de Capoeira, reforçando a importância de preservar as tradições locais que refletem a identidade do país. Maricell Hussein, uma das idealizadoras da Kombi Queijo, destacou que a campanha visa não só divulgar o valor cultural do queijo, mas também aproximar a população dessa história e do sabor únicos do Queijo Minas Artesanal.

“Olha, é uma felicidade estar aqui na cidade de vocês. Seguimos desde ontem, vindo de Araxá, passamos aqui pelo Triângulo, fomos para Uberlândia. O queijo está sendo reconhecido pela Unesco; há dois anos, o pedido foi depositado pelo IEFA e pela Secult. O nosso secretário, Leandro Oliveira, enviou ao IPHAN esse modo de fazer queijo para ser registrado. Mas não é só isso. É uma história, é uma tradição; é o queijo ser realmente valorizado e reconhecido.

São várias famílias, vários produtores que artesanalmente fazem esse queijo, apenas com leite cru, sal, pingo e coalho. E a nossa viagem? São três mil quilômetros! Esta é a segunda viagem, e já estou encantada com tantas crianças maravilhosas, com a cidade… já me senti em casa. Ainda temos mais oito cidades a percorrer. Em Caraça, teremos uma bênção especial, que todos poderão acompanhar – uma bênção para todos os produtores, para as famílias, para as mãos desses anjos que fazem esse queijo para a gente, com tanto carinho.

Quando esse título sair, será o reconhecimento de 300 anos de história, que começou lá atrás, com os nossos ancestrais.”

A passagem da Kombi Queijo encantou os moradores e levando conhecimento sobre essa verdadeira relíquia mineira.

~Por Geraldo Ernandes