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Em busca de descontos e promoções, o consumidor brasileiro aderiu nos últimos anos ao formato de Black Friday, importado dos EUA. No entanto, muitos consumidores relatam que há empresas que aumentam os valores dos produtos um pouco antes do dia ou da semana em que deveria haver abatimentos consideráveis nos preços. De acordo com Renata Abalém, advogada cível e presidente da Comissão de Direito do Consumidor da OAB-GO, quem realmente quer garantir uma boa economia precisa começar uma pesquisa antecipada. “A compra tem que ser estudada. Se a pessoa quer, por exemplo, um eletrodoméstico, precisa escolher a marca, modelo e características e acompanhar os preços do produto por um tempo. Somente assim para ter certeza do real preço, pois um dos maiores problemas que temos no Brasil é a precificação de mercadorias e não se sabe realmente quanto um produto vale”, destaca ela. “Este ano, outra preocupação que o consumidor deve ter é com a inflação. Paralelamente, algumas lojas estão com estoque velho e precisam distribuir essas mercadorias. O consumidor pode analisar essas opções e fazer um bom negócio”, afirma.
Outra situação que deve ligar o alerta do consumidor são sites com muito mais anúncios que o normal. “Na maioria das vezes eles são invasivos: pop-ups e banners, inclusive pornográficos. Isso pode significar vírus ou sites infectados”, alerta a especialista. Mesmo com cuidados, se o cidadão for vítima de golpes, é importante registrar a reclamação em órgãos de defesa do consumidor como Procons e delegacias especializadas para fiscalização e investigação. Caso faça compra em um site enganoso ou tenha problemas após a aquisição, o consumidor deve bloquear o cartão para evitar os débitos indevidos e fazer prints e registros da compra para ter o maior número de provas possíveis.