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O Queijo Minas Artesanal, símbolo da tradição e do sabor mineiro, está em vias de conquistar um título de grande importância cultural: o de Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco. A candidatura foi enviada em março deste ano pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, com o objetivo de preservar conhecimentos e técnicas de produção que vêm sendo transmitidos há mais de 300 anos por pequenos produtores rurais do estado. Em junho, o governo mineiro recebeu a confirmação do recebimento do material pela Unesco, dando início ao processo de análise.
O modo de fazer o Queijo Minas Artesanal já havia sido reconhecido como patrimônio imaterial pelo estado de Minas Gerais em 2002. Seis anos depois, em 2008, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ampliou o reconhecimento, declarando-o patrimônio cultural em âmbito nacional. Agora, com a candidatura à Unesco, o Brasil pode obter seu sétimo bem imaterial da humanidade, somando-se a outros tesouros culturais brasileiros, como o Samba de Roda, o Frevo, a Roda de Capoeira, entre outros.
Segundo a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, esse reconhecimento internacional fortalecerá os pequenos produtores mineiros e impulsionará o desenvolvimento econômico sustentável da região. O Queijo Minas Artesanal tem grande valor cultural e socioeconômico, representando uma tradição familiar e ambientalmente sustentável, passada de geração em geração. O apoio a esses pequenos produtores, com o incentivo da candidatura, visa beneficiar a economia familiar e rural, além de valorizar a cultura local.
A Unesco, por meio do Comitê do Patrimônio Mundial, com sede em Paris, fará a análise detalhada do mérito do Queijo Minas Artesanal. A decisão final sobre a inscrição deverá ser anunciada entre novembro e dezembro deste ano. Caso aprovada, essa conquista será uma vitória para os produtores e para o estado de Minas Gerais, reafirmando a importância de preservar e celebrar o patrimônio cultural brasileiro.
O “jeitin” mineiro de fazer queijo está mais próximo de ser eternizado, e a cultura, história e sabor desse produto poderão atravessar fronteiras, representando o Brasil e sua riqueza cultural para o mundo.
